Hoje, qualquer um edita um áudio ou um vídeo em casa, produz animações de boa qualidade, constrói objetos e ambientes tridimensionais, combinados com textos e imagens paradas, adiciona música e voz e produz trabalhos muito além do que qualquer editora ou estúdio de cinema poderia fazer até alguns anos atrás... E como ficam nisso tudo os letramentos? Tornam-se multiletramentos: são necessárias novas ferramentas de áudio, vídeo, tratamento de imagem, edição e diagramação. São requeridas novas práticas de produção, de análise... Embora seja mais cômodo, é inadmissível ignorar as novas linguagens proliferadas no mundo contemporâneo e as necessidades de um letramento crítico que o mundo pede aos alunos. Se, até meados do século XX, as práticas de letramento fundamentadas no uso da tecnologia da escrita atendiam às demandas postas à educação escolar, a partir do surgimento das tecnologias digitais, não mais. Novos desafios são postos à escola. Diante de mudanças tão repentinas e intensas,